Novo modelo de avaliação externa
Novo modelo de avaliação externa
O Ministério da Educação anunciou um novo modelo de avaliação externa dos alunos, que entra em vigor já a partir do próximo ano letivo.
Provas de aferição
A partir do próximo ano letivo, as provas de aferição do ensino básico passarão por uma reformulação significativa. As avaliações deixarão de ser realizadas nos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade e voltarão a ser aplicadas nos 4.º e 6.º anos, focando-se assim nos fins de ciclo escolar. Estas provas, agora chamadas “Provas de Monitorização de Aprendizagem” (ModA), serão realizadas em formato digital.
A avaliação dos alunos também mudará de qualitativa para uma escala de 0 a 100. Embora não afetem a nota final, as classificações serão registradas na ficha individual de cada aluno, ajudando a identificar dificuldades e a prever o desempenho futuro.
Além das disciplinas de Português (ou Português Língua Não Materna para alunos estrangeiros) e Matemática, haverá uma prova rotativa de uma terceira disciplina a cada três anos.
Disciplinas rotativas
No 4.º ano, as disciplinas rotativas serão:
- Inglês: em 2025 e em 2028
- Educação Artística: em 2026
- Educação Física: em 2027
Para o 6.º ano, as disciplinas rotativas serão:
- História e Geografia de Portugal: em 2025 e em 2028
- Inglês: em 2026
- Educação Física + Educação Visual: em 2027
Alterações nas provas finais de 9º ano
As provas de aferição continuarão a ser realizadas a Português e Matemática, mantendo uma ponderação de 30% na classificação final dos alunos e incidindo sobre o currículo escolar. A principal mudança refere-se ao formato digital das provas.
As provas serão realizadas em formato digital, no entanto, na disciplina de Matemática, haverá também a opção de realizar parte da prova em papel, devido às dificuldades associadas à escrita matemática no computador.
Os alunos terão um mínimo de horas em contexto pedagógico para realizar tarefas e itens na plataforma do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE). Além disso, serão realizadas provas-ensaio entre janeiro e fevereiro nas disciplinas com provas digitais ou híbridas. Estas provas-ensaio poderão contar para a classificação interna, de forma voluntária.
A avaliação será feita em duas escalas: uma numérica de 1 a 5 e uma quantitativa de 0 a 100. Esta abordagem visa proporcionar uma avaliação mais detalhada e precisa do desempenho dos alunos.
Enunciados de anos anteriores
Para garantir a comparabilidade dos resultados entre anos letivos, os enunciados das Provas de Monitorização de Aprendizagem (ModA) do 4.º e 6.º anos, assim como das provas finais do 9.º ano, não serão de acesso público. Isto permitirá que as questões possam ser replicadas, mantendo a consistência na avaliação ao longo dos anos.
Método de classificação das provas finais e exames nacionais
A partir do próximo ano letivo, as provas dos 4.º, 6.º e 9.º anos, bem como do ensino secundário, serão corrigidas em formato digital. Esta mudança visa proporcionar mais equidade, uma classificação mais rápida e reduzir custos associados, como o transporte de provas.
Para os exames do ensino secundário, as folhas de resposta dos alunos serão digitalizadas nos agrupamentos do Júri Nacional de Exames e carregadas na plataforma de classificação, para serem posteriormente distribuídas aos avaliadores.
No próximo ano letivo, haverá um projeto-piloto para os alunos do 11.º ano que realizem o exame nacional de Filosofia. Com base nos resultados, este método será expandido para todas as disciplinas a partir de 2024/2025, exceto para disciplinas onde seja inviável, como é o caso da disciplina de Desenho A.
A correção dos exames nacionais será feita por itens, em vez da prova completa. Isso significa que diferentes professores poderão corrigir partes da mesma prova, aumentando a objetividade da avaliação e permitindo avaliar os avaliadores. Esta abordagem reduz a influência da subjetividade de um único professor, garantindo uma avaliação mais justa e consistente.
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