A CONFAP nas Jornadas Pedagógicas

A CONFAP, a convite da ANESPO esteve nas Jornadas Pedagógicas 2015 – 25 anos ao serviço da Educação e Formação. Desde já o nosso muito obrigado ao Diretor Executivo da ANESPO, Dr. Luis Costa, pelo convite.

Tivemos oportunidade de presenciar a inauguração das novas instalações da EPROMAT, a cuja Direção preside o Dr. Fernando Sá Pereira e a quem deixamos aqui o nosso reconhecimento pelo trabalho desenvolvido em mais de duas décadas e que hoje se consubstanciou neste seu objetivo de ter umas instalações condignas para a atividade Educativa e de formação que desenvolve para os nossos jovens. É também um exemplo de dedicação e de jovialidade apesar da sua já longa experiencia de vida.

A palestra do Dr. Joaquim Azevedo foi também de enorme assertividade, digna de ser gravada e bem escutada por todos. Proferida com relevante convicção e firmeza de expressão. Perceber a realidade educativa de hoje vista por quem impulsionou de forma impar esta alternativa de formação. Deixou a ideia de quem percebe que hoje a escola não é mais a escola que surgiu há 30 anos, referindo de forma clara que as escoas profissionais têm que ter outro papel para além do de formar tecnicamente (há 30 anos era consensual este objetivo). As escolas têm que formar técnicos mas sobretudo formar pessoas. Falou da responsabilidade que todos têm que assumir no processo de Educação e Formação dos nossos jovens, antes de atirarmos a culpa para outros. Os jovens, disse, estão a maior parte do seu tempo ativo na escola, pelo que esta tem que assumir o seu papel de educar. Nas famílias complementou, os jovens estão cerca de 80% a dormir. E muito mais quis deixar para refletirmos, por exemplo o modelo de ensino e de formação de professores e de como as escolas profissionais têm constituído um exemplo para todas as escolas do país públicas e particulares, bem como que o presente não é comparável com o passado remoto. Hoje ninguém se atreve a prever como vai ser o futuro, a não ser que nem o conseguimos imaginar, tal a velocidade e profundidade da mudança atualmente.

Depois desenvolveu-se um trabalho por grupos cujas conclusões foram partilhadas no final do dia. As escolas refletiram e partilharam todos os sues constrangimentos, mas sobretudo as soluções que precisam de encontrar com os olhos posto no futuro e de como estas escolas são e podem ser uma solução de opção e não de recurso para quem não aprende, pois os jovens aprendem se perceberem a utilidade das suas aprendizagens. Talvez este seja o maior fator que diferencia as escolas profissionais e lhes aufere o sucesso que se lhes reconhece.

Na sessão de encerramento o PMAG da ANESPO resumiu os aspetos essenciais que foram refletidos durante o dia, destacando a formação das pessoas e a autonomia pedagógica e de gestão que as escolas precisam de ter e de assumir para concretizar os sues projetos. Fez ainda a menção à seguinte questão: “Estamos a usar os alunos como objetos de ensino ou queremos utilizar (disse aqui devemos dizer colaborar com) os alunos como sujeito de aprendizagem”.

Fechou o encontro o DGEstE (Diretor Geral dos Estabelecimentos Escolares).

O Ensino Profissional está firme e só tem por onde crescer, saibamos nós ultrapassar as dificuldades que surgem. Disse estar convicto de que cada vez mais os nossos jovens farão esta opção em vez de seguir para a formação de nível superior que não lhes dá resposta de empregabilidade.

Os alunos são a nossa matéria-prima quando entram na escola e são o nosso produto acabado quando terminam a sua formação. É necessário olhar o perfil dos professores para lhes atribuir uma função.

Cumpre-nos dizer que de tudo o que ouvimos e aqui resumimos é parte das preocupações da CONFAP e integra a Agenda que defendemos para a Educação em Portugal.

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